Governo finaliza série de seminários para debate sobre violência política de gênero 21/06/2024 - 11:34

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), realizou nesta quinta-feira (20), em Cascavel, o sexto e último “Seminário de Violência Política de Gênero: Precisamos falar sobre isso”, em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB-PR). As palestras discutiram temas como a participação das vozes femininas nas eleições, a construção de sociedades inclusivas e a importância da Justiça Eleitoral na garantia de direitos políticos de mulheres.

Anteriormente, os seminários ocorreram em Curitiba, em fevereiro; em Londrina, em abril; e Guarapuava, Umuarama e Ponta Grossa, em maio.

A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, ressaltou a importância de contar com outras instituições, como o TRE/PR e a OAB-PR, no combate à violência política de gênero. “Só assim nós teremos mais mulheres que se interessem a entrar na vida pública, porque tudo com a mulher já é bastante difícil. A gente já tem que acumular tantas outras responsabilidades que deveriam ser compartilhadas. Quanto mais apoio pudermos dar, cada vez mais poderemos criar um ambiente que seja adequado para que as mulheres participem seguramente e, assim, a nossa democracia só tem a ganhar”, destacou.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, considerou o Seminário uma iniciativa de sucesso para levar a mensagem da Justiça Eleitoral sobre o tema a todo o Estado. “As leis eleitorais têm sido bastante rígidas para que a cota de gênero seja cumprida e as chapas com candidaturas laranjas serão caçadas”, afirmou.

Para a vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Cascavel, Cândida Brenda Basso, esse tipo de evento traz uma reflexão e promove o entendimento das mulheres para que se tornem capazes de concorrer a um pleito político da melhor forma possível. “O objetivo é instituir uma política pública para a mulher, incentivando ela a participar. Não adianta só falar, se não tem nada do poder público que incentive, que promova essa questão. Além disso, é necessária a fiscalização caso aconteça alguma fraude, algo nesse sentido”, reiterou.

Juliana Prezotto, mestre em Ciências Jurídicas e palestrante, falou sobre os principais desafios que as mulheres enfrentam na política. “Podemos citar desde violações físicas, sexuais, a assédios, ameaças, a corte de microfone, o impedimento de falas, as referências não só em relação ao gênero, mas em relação à raça, à religião, à classe social”, afirmou.

Ela acrescentou que entre as alternativas que podem ser ampliadas está justamente o debate. “Outra é a ampliação da atuação legislativa e estudos a respeito da participação dos partidos, não só com a implantação das cotas, mas com modelos em que se torne possível cumprir as cotas de gênero”, completou.

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